A porta corta-fogo, ou porta de emergência, é um dos principais equipamentos de prevenção e combate a incêndios. Você já deve ter visto elas em prédios, shoppings e outros locais com grande circulação de pessoas, certo?
Elas são extremamente importantes porque impedem que as chamas sejam propagadas para outro ambiente, detendo tanto o fogo quanto o calor. Nesse sentido, ela ajuda a servir como uma rota de fuga, protegendo as pessoas em casos de emergências.
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As portas corta-fogo são obrigatórias?
Você sabia que as portas contra incêndio são utilizadas desde a década de 1970? No entanto, a obrigatoriedade aconteceu somente a partir de 1983 (para todos os edifícios acima de 4 andares). Por isso, um prédio só obtém a liberação dos bombeiros para funcionar se instalar as portas da maneira correta, como obriga a lei.
Portanto, as portas-corta fogo são obrigatórias em algumas situações, como em condomínios. Afinal, para que ele possa funcionar corretamente, precisa ter o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). Esse documento atesta que o prédio adota todos os procedimentos necessários de segurança — como extintores, mangueiras de hidrantes e, inclusive, a porta corta-fogo.
A norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que regulamenta o processo das portas corta-fogo é a ABNT 11742. Ela determina como deve ser a estrutura das mesmas, quantidade (que varia conforme o tamanho do prédio) etc.
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Onde as portas corta-fogo precisam ser instaladas?
Segundo a ABNT 11742, as portas precisam ser instaladas em:
- antecâmaras e escadas de edifícios;
- entrada de escritórios e apartamentos;
- áreas de refúgio;
- paredes utilizadas na separação de riscos industriais e comerciais, assim como os compartimentos de áreas — desde que utilizadas exclusivamente para passagem de pessoal;
- locais de acesso restrito que se comunicam diretamente com rotas de fuga;
- acesso às passarelas e intercomunicação entre edifícios;
- portas em corredores integrantes de rotas de fuga;
- acesso a recintos de medição, proteção e transformação de energia elétrica.
Qual é a classificação das portas corta-fogo?
De acordo com a ABNT 11742, as portas corta-fogo são classificadas em quatro categorias, que dependem da capacidade de resistência ao fogo. São elas:
- Classe P-30: tempo de resistência mínima ao fogo é de 30 minutos; recomendada para apartamentos e edifícios residenciais;
- Classe P-60: tempo de resistência mínima ao fogo é de 60 minutos; recomendada para edifícios industriais e comerciais e para o fechamento do acesso à antecâmara das escadas de emergência;
- Classe P-90: tempo de resistência mínima ao fogo é de 90 minutos; recomendada para ambientes que acontecem a medição, proteção e transformação de energia elétrica;
- Classe P-120: tempo de resistência mínima ao fogo é de 120 minutos; indicada para o fechamento de aberturas em paredes corta-fogo de resistência 4 horas (CF-240).
Quais são os equipamentos que fazem parte de uma porta corta-fogo?
Para que as portas corta-fogo funcionem da maneira correta, é preciso investir em alguns equipamentos. Conheça os principais:
- Fechadura: pode ser de sobrepor ou embutir, com ou sem tranca;
- Dobradiça: mantém o primo da porta impedindo que a fumaça penetre pelas brechas;
- Mola: impede que as portas batam com força;
- Eletroímã: mantém as portas abertas, garantindo uma fuga segura;
- Barra antipânico: dispositivo de destravamento para conferir mais agilidade na desocupação do ambiente em caso de emergências.
Como funciona a manutenção das portas corta-fogo?
Além da instalação correta é preciso se preocupar com a manutenção das mesmas. O controle dessa manutenção é de responsabilidade do síndico do condomínio (ou da administradora, quando for o caso). Afinal, é preciso ter certeza de que as portas estão funcionando da forma adequada, evitando acidentes.
Ainda de acordo com a ABNT 11742, essas manutenções precisam ser mensais e semestrais, sendo que:
- Mensais: devem ser efetuadas verificações do funcionamento automático e desempenho de todos os acessórios (fechaduras, dispositivos antipânico, selecionadores e travas, etc.). Também deve ser efetuada limpeza dos alojadores de trincos, no piso e batentes, com remoção de resíduos e objetos estranhos que dificultem as atividades das partes móveis (dobradiças, fechaduras e trincos);
- Semestrais: deve ser efetuada lubrificação de todas as partes móveis e verificada a legibilidade dos identificadores da porta. Devem ser observadas as condições gerais da porta, quanto à pintura ou revestimento, e desgaste das partes móveis. Tem que ser providenciada, imediatamente, a regulagem ou substituição dos elementos que não estiverem em perfeitas condições de funcionamento.
Como deve ser realizada a instalação da porta corta-fogo?
Para que você instale as portas corta-fogo da maneira correta, é essencial contar com a ajuda de uma empresa especializada no assunto. Afinal, existe uma série de aspectos técnicos que precisam ser considerados e aplicados conforme a realidade.
Portanto, para não cometer erros e evitar retrabalhos, aposte em uma empresa especializada. Ela conhece todas as normas técnicas e pode aplicá-las na realidade do prédio. Além disso, ela tira todas as dúvidas sobre o assunto e orienta sobre quais são os procedimentos mais adequados que precisam ser utilizados.
Isso porque, além da ABNT 11724, existem uma série de outras normativas que precisam ser consideradas, tais como:
- NBR 6479:1992 – Portas e vedadores – Determinação da resistência ao fogo (norma em revisão);
- NBR 8094:1983 – Material metálico revestido e não revestido – Corrosão por exposição à névoa salina (norma em revisão);
- NBR 10636:1989 – Paredes divisórias sem função estrutural – Determinação da resistência ao fogo;
- NBR 11785:1990 – Barra antipânico – Especificação;
- ASTM D 610:1985 – Method covers the evaluation of the degree of rusting on painted steel surfaces.
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